Hamburger, Bifana, Prego ou Sandes de Leitão à Bairrada?
Todas são carne no pão e, se à primeira vista podem parecer muito semelhantes, a primeira dentada desfaz todas as dúvidas. Mas afinal, porque são estas sandes tão desejadas pelos portugueses?
Três são tipicamente portuguesas e uma veio dos Estados Unidos mas, parece que, para ficar. O ingrediente que é igual em todas é o pão, um dos acompanhamentos preferidos de Portugal desde há muitas gerações. O que têm dentro, isso sim faz toda a diferença.
O Hamburguer, normalmente, é composto por carne de vaca, uma fatia de queijo e um pouco de salada. As variações já são, no entanto muitas, adaptadas da receita original, trazida para Portugal por cadeias de restauração americana.
A Bifana, um bife de porco no pão, tipicamente português, salteado com alho e/ou especiarias e temperado com mostarda ou molho picante. Sendo confeccionadas para qualquer festa e em casas por todo o país, é em Vendas Novas que é mais conhecido, culpa da qualidade da carne e do tempo vagaroso preciso para apurar o molho.
O Prego, também típico da gastronomia portuguesa, é um bife de vaca, também no pão, fino e tenro e que à semelhança da Bifana também deve ser temperado com mostarda ou molho picante. Possível de encontrar em tascas do Norte ao Sul, com receitas mais ou menos adaptadas e elaboradas ao gosto e ingredientes de cada zona.
A Sandes de Leitão, feita apenas com carne e molho de leitão, de preferência à moda da Bairrada, é já uma tradição antiga que se diz ter começado em cerca de 1940, na estrada nacional 1, e como forma de permitir a que quem por ali passava em trabalho e, muitas vezes, sem tempo para fazer uma refeição, de agarrar numa sandes nutritiva e saborosa, que pudesse comer sem perder tempo. O sabor e textura crocante do leitão aliado ao pão temperado pelo molho tornaram esta sandes famosa o que a permitiu chegar e crescer em casas de Lisboa, do Porto e espalhadas um pouco por todo o país.
Ficaste com vontade? Há alguma que ainda não tenhas provado? Caem sempre bem seja ao almoço, ao lanche ou ao jantar, não é? E o mais incrível é que, mesmo quando parece simples, a gastronomia portuguesa consegue ser sempre cheia de sabor.